18 de janeiro de 2016

Ser alguém na vida


Não há frase que me incomode mais do que essa, pra mim ela só serve para pressionar, frustar e fazer com que a gente esteja cada vez menos satisfeitos com a nossa própria vida.
Hoje a gente vive lidando com cobranças de todos os lados, cada vez mais cedo, e quem dera se fosse só da mãe.

Aos 30 anos - ou até mais cedo - você já deveria "ser alguém na vida", ter casa, carro, um bom emprego e quem sabe já ter formado uma família. Se isso não ocorrer, você fracassou. Isso me faz pensar mais sobre essa cultura do imediatismo e de que tudo tem que ser conquistado o mais cedo possível.

É cruel começar a perguntar para uma criança de 12 anos o que ela quer ser quando crescer, e mais cruel ainda, é esperar dela uma resposta sem rodeios, na lata.
Ninguém é obrigado a saber o que quer com 15, 17, 20 anos e acredite, com 30 também não. Se você souber, parabéns, mas se mudar de ideia daqui 10 anos, parabéns também. Que nunca seja tarde para recomeçar, se forme na faculdade aos 30, faça outra faculdade aos 50. Você é livre ou pelo menos deveria ser.

Essa geração que fica milionária antes dos 30, que dá aula de empreendedorismo e de finanças é de se aplaudir de pé sim, mas que fique claro que cada um é cada um e que você não pode se sentir menos porque não está dentro desse time.

Você é alguém na vida desde quando nasce, e as suas pequenas vitórias são motivo de vibração também. E que não sejam só conquistas materiais.

No final o que importa de verdade é sentir que você está fazendo algo para você, por você. E isso não tem nada haver com egoísmo.